Com o reconhecimento dos próprios fracassos, é possível estabelecer compromissos e metas dentro da sala de aula, aprimorando as áreas fragilizadas
O exercício de autopercepção, que leva a reconhecer o próprio desempenho em relação a um atributo, é fundamental para o crescimento individual. A compreensão das próprias forças e fraquezas é um caminho para que os estudantes desenvolvam suas habilidades.
Ao identificar as próprias falhas, é importante não desanimar ou enxergá-las exclusivamente como negativas. Até porque pode haver uma dualidade quanto à mesma habilidade, e o que se pensava ser uma falha é, na verdade, um mérito.
Sobre esse quadro, Celso Lopes de Souza, professor, psiquiatra e um dos fundadores do Programa Semente, fornece um exemplo: "Aquela pessoa que é boazinha, mas não consegue colocar o seu ponto de vista, costuma ser atropelada. E muita gente fala assim: ‘Ah, você tem que deixar de ser boba’. Não, essa é a fortaleza da pessoa! O que ela precisa desenvolver é uma competência chamada assertividade, que é a capacidade de falar ‘não’, capacidade de mostrar suas necessidades."
Um aspecto importante é que a autopercepção se origina no modo como o indivíduo se enxerga, o que nem sempre corresponde à realidade. Portanto, é fundamental que esse processo de avaliar a própria conduta seja contínuo. Como resultado, será produzido autoconhecimento, confirmando ou negando a hipótese de partida.
Como a autopercepção é uma das bases da Plataforma S
Na Plataforma S, o passo inicial é, por meio de uma série de vídeos, conhecer as competências socioemocionais e as famílias que as englobam, de acordo com o modelo dos cinco fatores. Com isso feito, o usuário inicia a fase de avaliação psicométrica, para saber como está seu desenvolvimento socioemocional.
Depois do resultado, cada um recebe vídeos de feedback, que mostram como aprimorar as próprias competências. Esse processo de aprimoramento se completa e se solidifica nas aulas do Programa Semente.
Para os educadores e escolas, é possível guiar uma turma para atingir seu potencial máximo, dando ênfase a conteúdos específicos. Além disso, os professores contam com uma versão exclusiva da Plataforma para eles, que opera da mesma maneira, mas com um diferencial: oferece minicursos para o desenvolvimento pessoal.
"Com isso, a gente consegue desenvolvimento socioemocional do professor, que é a peça fundamental dessa engrenagem de aprendizagem", diz Souza.