A maioria das instituições de ensino já compreendeu a importância da educação socioemocional na formação integral dos estudantes.
Além de conhecimento técnico e domínio da tecnologia, o futuro pede, como grande diferencial, habilidades comportamentais para atuação na vida pessoal, acadêmica e profissional.
Mas como avaliar a melhor metodologia de educação socioemocional para implementar na escola? Eduardo Calbucci, um dos fundadores do Programa Semente, deixa quatro dicas aos gestores educacionais.
1. Coerência no processo de escolha
Uma das principais premissas na seleção de um programa de educação socioemocional
é verificar se a proposta está coerente com o projeto pedagógico e com os valores da instituição de ensino.
Este alinhamento não só possibilitará o desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos alunos, tornando-os pessoas mais saudáveis, realizadas e bem-sucedidas, como potencializará os resultados de toda a trilha de aprendizagem.
2. Adequação aos documentos oficiais
É fundamental que o programa esteja de acordo com as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e demais documentos oficiais do Brasil.
Soluções trazidas de outros países, embora eficientes originalmente, podem não dialogar com a realidade local ou, às vezes, dificuldades em traduções e adaptações podem trazer prejuízos à essência do que está sendo trabalhado com crianças e adolescentes.
O ideal é que a solução seja genuinamente brasileira e estruturalmente internacional.
3. Solidez acadêmica e base científica
Atestar a credibilidade e a efetividade da solução, antes de incorporá-la na escola, é primordial. O desenvolvimento de competências socioemocionais tem impacto não apenas no indivíduo, mas na sociedade, daí a responsabilidade na escolha do melhor programa.
Interdisciplinares, os materiais e as metodologias aplicadas devem ter sólido embasamento científico, vindo de universidades de ponta e instituições supranacionais confiáveis, com atualização constante das pesquisas e das melhores práticas de abordagem.