Educadores devem acompanhar trajetória do estudante e manter família informada
O contato permanente da escola com a família contribui para o bem-estar da criança ou do adolescente e favorece o aprendizado. Essa comunicação, se feita adequadamente, também evita que algumas questões ou problemas se acumulem e sejam relatados todos de uma só vez. “Sempre que o aluno pratica uma ação que pode ser considerada fora da curva, a família deve receber um aviso a respeito”, diz Tania Fontolan, professora e diretora-geral do Programa Semente.Ela explica que, se essa atitude for isolada, os pais são notificados para tomar conhecimento de que houve um descumprimento de regras ou comportamento inadequado. Mas, se for algo que esteja se tornando recorrente, a conversa para comunicar os pais sobre a percepção de que pode haver problemas maiores, não será recebida de maneira súbita e inesperada.Se a escola sugerir que a família procure uma ajuda especializada, ela deve justificar essa orientação com exemplos de situações que ocorreram com o aluno. “Quando a avaliação dos educadores é a de que não se trata de caso para esse tipo de encaminhamento, mas sim de limites de sociabilidade mais claros, exemplos também devem ser usados para justificar atitudes disciplinares mais duras”, afirma.
Problemas emocionais
Segundo a diretora, antes de comunicar que o aluno apresenta problemas emocionais, a escola deve observar o estudante, compreender suas características e constatar recorrências. “Essas são atitudes importantes para não haver rotulação ou precipitação. Também é necessário cuidado para não avaliar como problema emocional ou psíquico comportamentos de agitação ou contestação que afrontam uma visão ideal do que deveria ser o aluno e se afastam de comportamentos comuns para a faixa etária”.