Controle das emoções auxilia jovens a se planejar para o futuro
Um relatório produzido pelo CASEL (Collaborative for Academic, Social, and Emotional Learning) revela que os alunos com acesso ao ensino das emoções têm desempenho 11% melhor do que os que não têm. Uma das explicações para isso é que, com a aprendizagem socioemocional, o jovem desenvolve a capacidade de tomar melhores decisões para conquistar seus objetivos.O fato é que a combinação entre competência socioemocional e conhecimento acadêmico faz com que os estudantes estejam mais preparados para os desafios do mundo moderno. Alunos que participam de programas estruturados de aprendizagem socioemocional têm mais facilidade em compartilhar ideias criativas, fazer perguntas relevantes e dominar conceitos acadêmicos, o que lhes permite tornarem-se mais motivados e mais dedicados ao que se propuserem aprender.De acordo com o professor e fundador do Programa Semente, Eduardo Calbucci, a aprendizagem socioemocional incentiva a percepção de que, se você tem um objetivo, é necessário construir um plano para realizá-lo. “Perseverança, resiliência, determinação. Tudo isso é mais importante do que o talento para predizer o sucesso de alguém”, diz.
Flexibilidade
Com autoconhecimento e autocontrole, nossas atitudes são menos impulsivas e mais adequadas para atingir objetivos predeterminados, tanto pessoais, quanto acadêmicos. A partir disso, é possível planejar o futuro com mais responsabilidade.“O aluno vai entendendo que é preciso abrir mão de prazeres de curto prazo em função dos prazeres de longo prazo”, afirma Calbucci. Segundo o professor, é necessário encontrar um equilíbrio. “Por exemplo: não existe plano de estudos em que você consegue fazer 100% do combinado. É preciso ter flexibilidade, sem abrir mão do rumo escolhido”.