Estudantes brasileiros estão entre os mais estressados do mundo
O nervosismo no ambiente escolar está em alta entre os jovens brasileiros. Oito em cada dez estudantes dizem sofrer de ansiedade durante o período de provas, mesmo que se preparem para ela. Os dados integram uma pesquisa sobre o bem-estar dos alunos aplicado pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) em 2015 em 72 países e divulgado no ano passado.
Ainda segundo a avaliação, o Brasil ocupa a segunda posição entre os países com o maior número de estudantes ansiosos durante os testes. Para 56% deles, estudar também gera muita tensão. A questão que fica é: o que o corpo docente pode fazer para aliviar o estresse e ajudar o jovem no processo educacional?
Como ajudar a controlar o medo e a ansiedade
Eduardo Calbucci, professor e um dos criadores do Programa Semente, diz que o primeiro passo é identificar o tipo de sentimento no aluno. “Há uma parte positiva no medo: ele nos deixa mais atentos, aumentando nosso poder de concentração; faz parte da natureza humana. Para uma prova, isso é excelente. O problema é quando somos dominados por ele”, afirma.
Desenvolver o autocontrole, um dos pilares da aprendizagem socioemocional, é instrumento poderoso para que o aluno aprenda a lidar com o estresse causado pelo medo e ansiedade. “É um momento de o aluno parar e avaliar as próprias emoções e administrá-las. Chamamos isso de flexibilização cognitiva”, explica Bucci.
Algumas técnicas podem ajudar. A respiração consciente, por exemplo, equilibra o sistema nervoso e baixa o nível de estresse do cérebro. Assim, conseguimos dominar as emoções, extraindo somente o que há de positivo nelas. A atenção e apoio dos professores também é importante para o aprendizado. O Pisa sugere que se o aluno sabe que recorrer a eles, de forma individual, para sanar dúvidas, a ansiedade diminui.
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