Segundo dados da OMS, doença cresce no mundo todo, principalmente entre os jovens
A depressão afeta mais de 300 milhões de pessoas no mundo. Segundo o último levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), esse número aumentou quase 20% nas últimas décadas, e doença atinge hoje 5% da população total da Terra. No Brasil, a estimativa é que 11,5 milhões estejam nessa situação.Os órgãos de saúde apontam ainda que a depressão tem crescido entre os jovens. A consolidação das redes sociais alterou a forma como crianças e adolescentes interagem entre si e com o mundo à sua volta. A tecnologia também pode facilita o contato com situações para os quais nem sempre os jovens estão emocionalmente preparados. Diante disso, a sala de aula pode ser um local de reflexão, conscientização e acolhimento.O assunto, porém, deve ser falado com muito cuidado nas escolas, pois se trata de uma doença, um estado patológico da tristeza. “Depressão não é frescura nem opção e precisa ser tratada. Um professor em sala de aula não tem condição de diagnosticar uma depressão, isso é coisa de psiquiatra. Por esse motivo, se houver uma desconfiança de um caso como esse, é muito importante que a criança seja encaminhada para os profissionais da saúde mental”, afirma Eduardo Calbucci, professor e um dos autores do Programa Semente.O Programa Semente leva para dentro de sala de aula a aprendizagem socioemocional. A partir de cinco domínios – autoconhecimento, autocontrole, empatia, decisões responsáveis e habilidades sociais –, o material ajuda a não estigmatizar a doença e a mostrar que depressão não é sinônimo de fraqueza.“A partir do momento em que o professor vai se tornando especialista em aprendizagem socioemocional, ele entende se a tristeza de um aluno pode ser esperada ou não para aquela faixa etária. Isso pode ligar um sinal de alerta importante”, ressalta Calbucci.
Formação
Com o objetivo de oferecer formação socioemocional para os professores, o Programa Semente lançou neste ano um curso completo de ensino à distância. A plataforma Coreskills é baseada em estudos das universidades de Stanford, Pensilvânia, Harvard e Califórnia. Os cursos são divididos em módulos, com duração média de 60 (sessenta) minutos por aula, com um total de 6 aulas por curso.Mais informações você encontra no site do Programa Semente.