Sentimentos negativos como ansiedade e raiva atrapalham o desempenho escolar; desenvolver as habilidades socioemocionais nos estudantes é alternativa
O processo de aprendizagem se dá de forma diferente para cada aluno. Enquanto uns assimilam o conteúdo rapidamente, outros têm mais dificuldade em aprender determinadas matérias. A dificuldade em aprender costuma ser motivo de preocupação para muitos professores dentro da sala de aula. Os pais também ficam aflitos. O que pode ajudar a compassar o ritmo é a alfabetização socioemocional.De acordo com estudos internacionais, o desempenho escolar dos alunos que aprendem a gerir as próprias emoções de forma estruturada melhora consideravelmente. Estes têm mais facilidade em absorver os conteúdos curriculares.“Um aluno que está triste, angustiado ou com raiva dificilmente conseguirá se dedicar ao aprendizado de matemática ou português”, explica Eduardo Calbucci, professor e um dos criadores do Programa Semente. “Por melhor que seja o material didático ou o educador, se o estudante não consegue regular as próprias emoções, ele não será capaz de absorver o conteúdo.”
Benefícios para a vida toda
Os alunos que desenvolvem habilidades sociais, resiliência, tomada de decisões responsáveis, empatia e autocontrole estarão mais preparados para absorver conteúdos externos. Os benefícios vão além: há melhora na vida acadêmica, profissional e social, já que essas pessoas estão mais aptas a lidar com conflitos e frustrações.É comprovado que as competências socioemocionais ajudam no processo de aprendizagem de todas as outras matérias. Mas como o tema é novo no Brasil, ainda há muitas dúvidas sobre o momento certo para iniciar o trabalho. Esse cenário ocorre mesmo considerando a obrigatoriedade da inserção das habilidades socioemocionais no currículo em 2020, segundo a Nova Base Comum Curricular (BNCC) Para Calbucci, quanto antes as habilidades forem apresentadas ao estudante, melhor. “Não é milagre, é um processo a ser desenvolvido durante toda a vida escolar”, explica.Para saber mais sobre o Programa Semente, clique aqui.