Quanto maior a diversidade em sala de aula, mais preparados para o futuro estarão os estudantes
Adaptar a estrutura física das escolas para a pessoa com deficiência (PcD) é fundamental para todos se sintam bem no ambiente escolar. Mais do que isso, o ensino das emoções possibilita inserir a PcD dentro da comunidade, fazendo com que ela se sinta efetivamente parte do grupo.Dentro de sala de aula, o conhecimento socioemocional leva ao aluno com deficiência o entendimento de que os limites são determinados por ele próprio, e não pelos outros. As lições sobre resiliência podem deixá-los mais preparados para os desafios da vida e ajudam a entender que esforço é mais importante que talento. E mais: que isso pode ser ensinado.“A pré-adolescência e adolescência são fases difíceis para todos, pois a relação que temos com nosso corpo fica mais sensível. Mas, nas aulas do Programa Semente, explicamos que todos temos as nossas fortalezas e fraquezas. Apontamos isso da forma mais natural, para que as pessoas com deficiência vejam que todos passam por conflitos e vivem uma fase de aceitação, que, muitas vezes, é mais difícil para elas”, afirma o professor e fundador do Programa Semente, Eduardo Calbucci.EmpatiaO convívio com pessoas diferentes dentro de sala de aula traz benefícios para toda a turma. Por isso, permitir que a sala de aula seja um ambiente de respeito e troca de experiências é um papel importante do professor. Assim, os exemplos usados em sala de aula devem ser escolhidos para que o curso se torne importante para todos. “Ninguém conhece melhor as próprias turmas do que o próprio professor. Com sua sensibilidade, ele vai moldando o discurso do grupo, conforme a realidade de cada turma”, afirma Calbucci.