Diferenças do núcleo familiar é uma excelente oportunidade de desenvolver a empatia em crianças e adolescentes
O conceito de família na sociedade contemporânea tem mudado com muita rapidez. Além da forma tradicional, que tem o pai e a mãe no núcleo da casa, hoje as crianças podem viver com apenas com um dos pais, ter a guarda compartilhada, ser criadas pelos avós, ter dois pais ou duas mães, conviver com meio-irmãos e etc.Dada às diferentes configurações do seio familiar, é uma preocupação atual das escolas saber como agir diante da questão. Muitas instituições, por exemplo, têm abolido as comemorações de Dia das Mães e Dia dos Pais para celebrar o Dia da Família. É uma oportunidade para incluir todas as crianças, entender as mudanças da sociedade e celebrar a diversidade.
Desenvolvendo a empatia
Do ponto de vista dos pequenos, iniciativas que as façam entender que todos nós somos diferentes uns dos outros é uma excelente chance de desenvolver a empatia. “Assumir a perspectiva do outro, sobretudo quando estamos diante de valores diferentes dos nossos, é fundamental para viver em um mundo cada vez mais marcado pela diversidade. Exercer a empatia significa criar elos e estabelecer uma ponte com as pessoas”, explica Eduardo Calbucci, professor e um dos criadores do Programa Semente.Uma maneira efetiva de exercitar a empatia é trabalhar o conceito de família e explicar que as diferentes configurações fazem parte da diversidade, sem juízo de valor, pois nenhuma delas é melhor do que a outra, são apenas diferentes. A mudança no calendário da escola também pode ser efetiva no sentido de tornar os tradicionais: “dia dos pais” e “dia das mães” em datas para celebrar a importância da família e até mesmo fazer um desenho ou presente para alegrar os entes queridos.É importante também que o educador conduza a atividade e o tema de forma natural a fim de não transferir visões e padrões já consolidados para as crianças. Assim, os professores devem tomar cuidado com expressões e palavras, as quais podem ter diferentes sentidos. Os estudantes devem entender que a diversidade faz parte da vida em sociedade e que isso proporciona mais riqueza cultural e de aprendizado.É dessa maneira que cultivamos indivíduos mais tolerantes. Quem desenvolve a empatia torna-se mais solidário com o outro e também mais tolerante com as diferenças de cor, credo e orientação sexual. “O espaço escolar deve prezar pela tolerância, respeito e celebração da diversidade”, lembra Calbucci.A empatia é uma das cinco habilidades que compreendem o programa de aprendizagem socioemocional. “Ela diz respeito à capacidade de nos colocarmos no lugar do outro, ou seja, entendermos as diferenças dos nossos semelhantes”, continua Calbucci.Saiba mais sobre o Programa Semente aqui.