Abrir-se ao novo, aguçar os sentidos, acumular repertório e mergulhar na beleza da arte também são desafios socioemocionais
A pintura, a escultura, o design, a música, a literatura, o teatro, a fotografia e todas as formas de expressão artística são poderosos instrumentos para estimular a criatividade, promover reflexões e trabalhar emoções.
Uma criança pode dizer que não gosta de música erudita até ser colocada diante de uma sala de concerto e vivenciar essa experiência ou, simplesmente, deparar com uma ópera de Verdi em um flash mob pela cidade.
Um jovem é capaz de descortinar realidades e ser levado a uma rede de conexões ao entrar em contato pela primeira vez com o livro Ensaio sobre a cegueira, adaptado para o cinema, do Nobel em Literatura José Saramago.
Assim como, em seu jogo de luz e sombra, a obra “Incredulidade de São Tomé”, de Caravaggio, ao ser observada atentamente, revela valores, comportamentos e contrapontos humanos.
“A sensibilidade estética emociona, surpreende, instiga a apreciação, amplia a percepção de mundo, enriquecendo-o por meio de elementos, formas, cores, sabores, sons, sentimentos. Tata-se de uma competência socioemocional que, como tal, pode ser desenvolvida e aprimorada ao longo da vida”, afirma Eduardo Calbucci, educador e um dos fundadores do Programa Semente.
Arte serve para quê?
Segundo Calbucci, a arte é uma criação humana que tem como objetivo semear beleza, divertimento e reflexão, contribuindo no processo de aprendizagem socioemocional ao promover a sensibilidade estética. “É preciso treinar o olhar para perceber e interpretar o que está ao nosso redor.”
Nesse sentido, a escola tem o importante papel de despertar crianças e adolescentes para o universo da arte. “Pessoas abertas a experiências artísticas desenvolvem não apenas a sensibilidade estética, mas outras habilidades socioemocionais extremamente valorizadas no mundo de hoje, como criatividade e flexibilidade.”
Quer saber como incrementar o repertório cultural e a liberdade criativa? Confira a live “Arte serve para quê?” feita pelo professor Calbucci.
