Por meio da psicometria, ferramenta mostra quais competências precisam ser desenvolvidas e faz recomendações de aulas para cada turma
Atualmente, quem trabalha e pensa a educação entende que a diversidade se reflete dentro da sala de aula tanto no desempenho acadêmico como no comportamento dos estudantes.
Nesse cenário, os educadores necessitam de instrumentos que permitam distinguir com mais propriedade as reais necessidades de seus alunos. A aprendizagem socioemocional pode ser uma dessas ferramentas. E ela pode ser ainda mais eficiente se possibilitar a personalização.
Leandro Rossi, diretor de operações da Semente Educação, cita como exemplo a Plataforma Semente, que oferece mais autonomia e dados confiáveis para que as escolas possam proporcionar aulas mais direcionadas, entendendo qual é o nível de desenvolvimento de cada competência socioemocional das turmas e, assim, direcionando esforços para as reais necessidades de cada grupo.
Ele explica que a plataforma possui uma inteligência que gera dados e informações por meio da psicometria, mostrando quais competências precisam ser desenvolvidas. “A plataforma também traz a personalização, ao fazer recomendações de aulas com base nos diagnósticos gerados. Com isso, cada turma seguirá um caminho de aprendizagem socioemocional.”
Como funciona a personalização
Os alunos, previamente orientados, respondem um questionário psicométrico - já testado e validado pela academia - para cada uma das dezessete competências socioemocionais. No caso do ensino fundamental anos iniciais (1º ao 5º ano), o questionário é respondido pelo professor ou professora, através do heterorrelato.
A seguir, a própria plataforma, por meio de algoritmos, mapeia as competências socioemocionais menos desenvolvidas. E, dentro de um banco de aulas adequadas à faixa etária dos alunos, sugere aquelas que mais dialogam com as necessidades desses estudantes.
O professor recebe um plano de aula com os objetivos de aprendizagem, as competências socioemocionais mais focadas naquela atividade e o passo a passo para a sua execução. Além disso, o educador também tem acesso a um vídeo em que o autor do material oferece dicas e caminhos possíveis na construção da aula.
“Imagine uma turma do 8º ano do Ensino Fundamental em que a plataforma identifica dificuldades dos alunos em regular suas emoções de raiva e também problemas relacionados à empatia. Em tal cenário, a plataforma poderia sugerir uma aula chamada 'Pensamos de maneiras diferentes? Ótimo!', que visa promover competências como modulação de raiva, assertividade, empatia e respeito”, exemplifica Ronaldo Carrilho, professor de física e diretor de conteúdos da Semente Educação.
Além disso, o professor não tem acesso somente àquela aula, mas sim a todo um conjunto de aulas e atividades, podendo ainda selecionar as que mais se adequam ao perfil de seus alunos.
Outra funcionalidade da Plataforma Semente é a geração de dois tipos de relatórios:
- Para o aluno: uma vez que ele tenha respondido as questões, a plataforma mostra o nível de desenvolvimento de cada habilidade e fornece um feedback personalizado;
- Para as escolas: professores e gestores podem acessar os níveis de habilidades de cada turma e recebem planos de aula, que podem ser digitais ou impressos, com base no que a plataforma entende ser prioridade para o desenvolvimento.
Por que utilizar a Plataforma Semente?
Ronaldo destaca que especialistas em educação reconhecem que as dificuldades acadêmicas dos alunos nem sempre estão conectadas à cognição. O baixo desempenho escolar pode estar associado a diferentes situações, como:
- dificuldade em conseguir modular adequadamente emoções negativas, como o medo e a tristeza;
- dificuldade de expressar suas reais necessidades (falta de assertividade) para seus colegas ou seus professores;
- o aluno pode não ter competências do eixo da aprendizagem bem desenvolvidas, como o foco, a imaginação criativa, a organização e a curiosidade;
- ocorrência de problemas relacionados ao bullying.
“A intenção da Plataforma Semente é dar encaminhamento a esses problemas, sendo capaz de analisar o desenvolvimento das competências socioemocionais de uma turma, mapear aquelas que necessitam de desenvolvimento, indicar aulas planejadas e ofertar planos de aula para auxiliar o profissional na preparação da aula”, resume Ronaldo.