Veículo: Tribuna do Ceará
'Jovens agem como um espelho. Quando veem um mundo mais agressivo, acham que essa é a forma de resolver conflitos'
Você, neste exato momento, deve estar lendo esta matéria pelo celular. Ou então pelo computador. Fato é que existe um aparelho eletrônico fazendo essa ponte. É bem difícil imaginar um mundo sem internet, né? As redes sociais são praticamente uma extensão de quem somos. Nelas, podemos, inclusive, ser uma versão melhor de nós mesmas. Uma versão mais descolada, com uma autoestima mais elevada, com mais coragem de dizer coisas que eventualmente não falaríamos pessoalmente. Mas quando você conversa online com uma pessoa, pode acabar sendo mal interpretada ou interpretando mal alguma coisa. É diferente de quando você está cara a cara com sua amiga, olhando nos olhos dela enquanto escuta o que ela tem para dizer. Esse conjunto de fatores é conhecido como cyberdesibinição.“O mundo digital não é o mundo real. No mundo digital, nós criamos personagens que podem ser mais ou menos semelhantes às pessoas de carne e osso. Para um adolescente, isso é um mundo perfeito!”, explica Eduardo Calbucci, professor e fundador do Programa Semente, que atua em escolas contribuindo para o desenvolvimento socioemocional de alunos e educadores. Mas essa cyberdesibinição também pode ser prejudicial. Ao sentir que tem espaço para ser e falar o que bem entender, tendo como garantia a tela do computador ou do celular, o adolescente pode acabar praticando (agressor) ou sofrendo (vítima) bullying.Veja mais...