Um dos grandes desafios da vida em sociedade é desenvolver empatia com pessoas desconhecidas, mas esse sentimento costuma estar mais presente no período das festas de fim de ano
O ser humano por definição tem espirito gregário, vive em grupo. Como dizia Aristóteles, somos seres sociais.Laços de solidariedade são biológicos e existem em várias espécies, como abelhas, macacos ou morcegos. No entanto, é muito fácil ser solidário e empático com as pessoas mais próximas, como pais, filhos, amigos e parceiros. Um dos grandes desafios da vida em sociedade é também desenvolver esse sentimento com pessoas desconhecidas.É comum a solidariedade e a empatia estarem mais aflorados no mês de dezembro, época que convida para o abraço ao próximo e desperta o sentimento de mudança por um mundo melhor. Mas como prolongar esses sentimentos durante todos os meses de 2019?Para Eduardo Calbucci, professor e um dos criadores do Programa Semente, o final do ano é uma época em que as pessoas estão pré-dispostas a boas ações e, por isso, elas podem ser incentivadas e acabar formando uma corrente do bem ao longo do ano.“Ao fazer uma boa ação, você embute no outro o desejo de retribuir, não necessariamente para a pessoa que fez a gentileza. Isso é importante porque cria um mundo em que as pessoas veem as outras como parceiras, e cria uma corrente positiva. Essas ações são contagiosas, no bom sentido da palavra, e transforma a sociedade em um lugar mais justo, mais empático, mais harmônico”, diz o professor.
Aprendizado
É importante entender que solidariedade e empatia podem ser ensinados por meio da aprendizagem socioemocional. “O trabalho voluntário, por exemplo, pode ter um efeito multiplicador muito grande. Hoje, está provado que boas atitudes não fazem bem apenas para quem as recebe, mas também para quem as pratica. Essa sensação de bem-estar promove sentimentos cada vez mais positivos”, conclui.